SAUDE

MISSA 20 DE OUTUBRO 2011

 

































É BOM LEMBRAR, PARA NAO ESQUECER : Dia Mundial do Doente-11  de Fevereiro. Algumas Atitudes a Cultivar...

1. A razão de ser de um hospital são os doentes. Colocai sempre o doente acima dos vossos sentimentos, dores e convicções ideológicas, religiosas ou outras.
2. Olhai cada doente como uma pessoa única e nunca como um objecto da vossa compaixão e, se adulto, como uma criancinha. O doente pensa, sente e medita, mesmo que pouco diga.
3. Deixai o doente contar o que quiser e quando quiser, nunca interrompendo-o na sua palavra. Ouvir, escutar e acolher, no silêncio das atitudes e na linguagem dos gestos e na abertura do coração, constituem o melhor serviço a prestar ao doente.
4. Nunca vos pergunteis “o que é que devo dizer”. Não é necessário dizer nada. Basta ouvir. Ir ao encontro do doente como quem vai receber e não como quem vai dar. Dá-se na medida em que se recebe.
5. Não vos precipiteis a dar resposta aos “porquês” dos doentes. Há “porquês” sem respostas claras quer para o doente quer para quem dele se aproximam. Aceitai interiormente o desconforto desses “porquês” como um caminho, sempre novo, que se abre ao mistério da vida. Ajudai, com sinceridade e humildade, o doente a viver com os seus “porquês” e, deste modo, sabereis viver melhor os vossos próprios “porquês”.Um bom conselheiro abstém-se de dar conselhos. Procura apenas ajudar a pessoa a encontrar-se consigo mesma a fim de ela decidir por si.
6. Nunca pergunteis pela doença. Deixai que o doente revele a sua intimidade, se e quando quiser e entender. A curiosidade é a arma que mais fere a personalidade do doente.
7. Não faleis nunca das vossas doenças ao doente, a não ser que ele vos pergunte alguma coisa nesse sentido, nem das doenças deste a outros. O hospital não é uma praça pública. A visita a um doente é sempre o mistério do encontro entre pessoas no mistério da grandeza e da fragilidade da vida humana.
8. Se sois crente, lembrai-vos sempre que a liberdade mais fundamental é a liberdade religiosa. A relação entre Deus e uma pessoa não pode ser imposta nem controlada nem julgada por ninguém. Se o doente vos interrogar sobre a vossa fé, que a vossa resposta seja sincera, simples, humilde e serena. Quando não sabemos responder, o silêncio ou a aceitação serena da ignorância é o caminho de comunhão gratuita com o doente.
9. Procurai acolher, como tesouro, aquilo que o doente nos ensina sobre a vida, a sociedade e o sentido da existência e agir em consequência.
10. Não considereis nunca a relação com o doente como um poder, privilégio, domínio ou prestígio social, mas sempre como serviço gratuito. A gratuidade é o grande caminho da descoberta da dignidade humana que transforma a nossa maneira de ser, de agir e nos abre aos horizontes do Absoluto.
Pe. Manuel António Pimentel